31/08/2005

a procura incessante de respostas faz-me publicar e expor a voces os meus devaneios.
Ao escrever os meus pensamentos, desinibo-me também de complexos intimos.
Passo assim a responsabilidade ao viajante de decidir a sanidade (ou não) das palavras de uma miuda
Uma mulher qual miuda!
isto de ser mulher é lixado!Dizem que nao sabemos conduzir (mas eu sei claro) e além de muitos cuidados estéticos, vimos carregadas de uma complexidade à qual não conseguimos fugir.Aposto que os rapazes não pensam tanto nas merdas que aconteçem!
-SHIT HAPPENS-tomara fosse tão simples.

ENTREGAR-ME

Antes era mais fácil entregar-me.
Parecia simples.....quando me apetecia e a cena surgia.
Mas ao longo do tempo vamos criando defesas, começamos a apreciar outras coisas já que as melhores também nos trazem amargura
Tenho conseguido entregar-me de leve ânimo a muita coisa, mas descobri uma coisa:nenhuma delas envolve mais ninguem a não ser eu
Com o tempo, vamos apanhando muitas desilusões com as pessoas, entao viramo-nos para os prazeres mais individuais.Não falo de masturbação, mas quase!O alcool, as drogas, a comida, tabaco, televisão...enfim, tenho-me entregue a tantas coisas ultimamente.sou eu quem as controlo, ou são elas me controlam a mim.Mas de todas as formas, naquele sábado deixei um bocado de mim naquele bar.Estranho não é? e piegas.Não até que ponto aquela experiência, insignificante, me tocou.Na realidade nunca sabemos quais são as experiências que mais nos marcam, nem porquê!
Mas sei que não posso voltar àquela pessoa, pelo menos contigo.Só me resta ser alguém diferente.Mas quem?!Quem serei eu agora?
esta nova pessoa, ainda está muito crua.Ainda me custa entregar-me a ti, àquilo que tanto prezava em ti antigamente.Não sei o que fazer, e será que sou eu que tenho que fazer alguma coisa?
Preciso que me conquistes de novo!Que lutes por esta nova pessoa, que se surgir será só para ti!Mas não estás a lutar...mais uma vez-NADA-
será que também tenho que puxar o teu novo eu?Diz-me...queres que eu te diga?

30/08/2005

"A pornografia é o erotismo dos outros"
André Breton

27/08/2005

THE KILLERS
A melhor banda da actualidade!
paciência
do Lat. patientia
s. f.,
qualidade de paciente;
resignação;
conformidade em suportar os males ou os incómodos sem se queixar;
perseverança tranquila;
calma na continuação de qualquer tarefa ainda que esta seja difícil ou muito demorada;
tranquilidade com que se espera aquilo que tarda;
nome de certos jogos de cartas;
interj.,
designativa de resignação ou conformidade.

Não sou paciente e nem o quero ser
Vês aquilo que diz aqui em cima?!Achas que é normal alguém suportar os males sem se queixar?
Eu sou perseverante mas perseverante é aquele que não desiste enquanto não obtém o que quer.....e o que eu quero é aquilo que me faz bem.
Prova-me que me fazes bem, e eu resigno-me a andar a teu passo

26/08/2005

é tao tarde e tão cedo....
é tao bom....e tao mau....
sempre opostos sempre
A cólera invade-me subitamente e apeteçe-me berrar
berrar-te aos ouvidos até que os meus oiçam aquilo que preciso
agora sei que nunca o vou ouvir
e mesmo que o ouvisse talvez isso não fosse suficiente
quanto mais tempo passa, mais preciso de ouvir
e nem eu sei o quê precisamente
até ao dia em que não vou precisar de ouvir nada...e ai....vai ser tão bom
mas por enquanto é tao mau
não te entendo
mas talvez seja melhor assim
o tempo diré
que seca de remédio este, é aquele que sabe pior e deixa uma sensação que nunca mais se vai embora, até no dia seguinte ainda sentimos aquele amargo àspero pelas entranhas...
talvez isto passe quando provar outra coisa
mas até lá...................
um grande gesto obsceno para ti!

25/08/2005

Apetece-me escrever

Apetece-me escrever e não me quero preocupar se tenho algo "digno" de ser escrito num espaço social, se o que vou escrever é positivo ou não, se sei o que vou escrever. Quero escrever,portanto é isso que vou fazer. Acabou.
Chego de férias, e não de umas férias quaisquer. Estive duas semanas com quase todos os meus amigos a viajar por Portugal e Espanha. E a coisa correu... E correu muito bem. Mesmo! Ao ponto de me sentir orgulhoso dos meus grandes Amigos e até de mim mesmo. É, de facto senti orgulho por mim.
O que nas actuais andanças já não é fácil, pois já sou maior, mais complexo, mais complicado, mais perigoso. Mas não me deti por aí, pasmado e assustado com a minha pessoa. Fui essa pessoa... E a coisa pareceu tornar-se simples. Sentia-me como uma criança grande.E, Há que exclamá-lo. Estava feliz! Até acho que percebi, pois senti-o de facto, que o nosso caminho, tantas vezes por nós interrogado, é o caminho da nossa criança. Eu sou o puto Garcia, a única diferença é que esse grande puto está crescido. Só isso... E esse caminho, esse espaço é grande, claro, luminoso, delicioso, e principalmente, é o meu, pertence-me intimamente.
Já estou com sono e os meus olhos têm pressa de se fechar... Mas ainda queria dizer que acho vital, imperioso, estabelecer-se e alargar-se o mais possível o ""nosso"" espaço íntimo, a nossa "Terra dos sonhos". E isto é-me mais claro, agora, que chego de férias, onde e quando esse trabalho é mais fácil de fazer. Mas é preciso preservá-lo para além das férias a todo o custo. Cada dia normal deve ter o carácter de férias, quero dizer com isto que deve ser nosso e para nós, cada espaço deve ter a nossa participação na sua construção e em cada situação devemos sentir que temos o direito que ela nos sirva.
Bem... Amanhã continuo o que tenho para escrever no meu "Diário".

24/08/2005

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a constante luta entre cabeça e coração termina sempre com a cedência de uma das partes.Tudo na vida é assim.Será que se seguirmos a razão chegaremos à verdade?E se assim for, será que a verdade nos faz feliz?

Nunca vamos saber.Só sabemos aquilo que fazemos, e mesmo aí não temos a certeza.Acredita que é dificl, mas perante o presente e o passado só me resta fugir a este futuro...Não me parece inteligente da minha parte atirar-me assim de cabeça, mais uma vez
Então secalhar o melhor é ouvir a minha cabeça, procurar a razão já que isto dos sentimentos não me tem levado a parte nenhuma.Quer dizer tem, mas leva-nos sempre a prazeres momentâneos que, por não os controlarmos, podem subitamente transformar-se em medos, inseguranças...enfim coisas más.E disso não gosto.
Tudo na vida tem a ver com limites, em inúmeras situações já atingi os meus, nesta ainda não tenho a certeza....nem sei se alguma vez a terei, mas sei que hoje estive mais perto dela que nunca.
Mesmo assim a esperança nunca morre.Agarro-me a ela desesperadamente à procura de um milagre.Qualquer coisa que me ultrapasse, que corra com todos estes pensamentos e que me arrebate totalmente...Será exigir muito de ti?Mas não será essa a única coisa que nos faz estar com alguém?És capaz de fazer isto?
O tempo é sábio, e ele me dirá. Mas será que consigo esperar?

14/08/2005

Não quero precisar de ti medo

O medo é paradoxal. Tanto pode ser assustador e desagradável, como pode ser um ninho de trevas acolhedor. Isto porque o medo parte de nós, tem origem em nós e é até construido por nós. Logo, temos um relativo controlo sobre ele.
Consequentemente, o medo é uma dimensão pessoal, paradoxalmente, muito segura que chega a ser utilizado por nós como abrigo. Pois o medo é conhecido, é previsível, é limitado, é impessoal. Não é novo... Estamos sozinhos...
Por outro lado, para lá do medo há tudo e nada. Para lá do medo há a vida, há a pessoa, há o mundo, há a novidade, há a mudança. Há o que há. Há perigos, sem dúvida, e muitos. E então?Hã? E então?
O maior perigo é, com toda a certeza, viver com medo. Viver com medo da vida. Aí há a certeza de a ausência de perigos. Essa está lá, é certo. Mas não há mais nada. Só essa certeza e medos, medos, medos, medos e medos de todas as cores, feitios e tamanhos. E não há nada pior que isto, que este caminho. Acreditem. Não há mesmo.


Já larguei a mão do medo. Caminho sozinho. Há insegurança. Tenho frio. Mas... Sinto-me vivo, porra. E ao olhar para a frente reparo que no caminho não avisto horizonte... Isso aterroriza-me. Mas cada passo que dou dá-me mais forças e é levemente delicioso... As expectativas revelam-se falsas. A paisagem é bonita e há pessoas simpáticas. Caminho e carrego um sorriso nos lábios. Sinto-me bem e continuo, entusiasmado.