26/01/2007

redefinição de um eu

O mundo abre portas simulando a liberdade, uzufruimos agora de novas técnicas e somos mais rápidos, somos todos vizinhos, o mundo todo, assim pensamos não existirem barreiras. Entrámos na Era da tecnologia e vamo-nos apercebendo disso, cada vez mais daremos importância à informação, em informar e estar informados, o que se tornou tão simples, simples! Em frente ao computador vamos esquecendo que é para um ecrã que estamos a olhar, e que temos simplesmente mais uma televisão na nossa casa, nesta julgamos participar, pensamos atingir a perfeição pois agora que nos questionamos, nos respondem a todas as perguntas, parece humano, mesmo o automatismo. Temos um mestre chamado motor de busca, e dele somos súbditos, podemos mesmo encontrar quem já se interrogou com os mesmos problemas. Podemos encontrar a resposta e esquecer o caminho para a solução. Baralhamos o conforto com a segurança e o viajar com o navegar. Assim vamos esquecendo a terra e ela vai sendo ocupada. Nós continuamos a pensar que viajamos navegando, agora sim conhecemos o mundo mas presos a uma cadeira enquanto outros se riem pois ganharam tempo para nos enganar enquanto estamos entretidos. Até somos estimulados e informados gratuitamente, “já viste que bom?” temos acesso a toda a cultura, mas esquecemo-nos de viver. Conhecemos pessoas novas com as quais pensamos que um dia vamos estar, o mundo está realmente mais pequeno! Mas só em proporção ao mundo que vimos na historia passada. Simplesmente achamos que estamos em todo o mundo enquanto agarrados ao ecrã, mas vemos apenas uma perspectiva “dele”, a de quem nos mostrou, aquele húngaro viciado em sexo hardcore mas muito capaz de nos mostrar uma paizagem esteriotipada, bonita. Ele estimula a nossa ida ao seu país. “Uau”-dizemos nós”... “que sitio fantástico, temos que ir lá, curtia bué conhecer este gajo” No entanto Ele que tirou a fotografia já foi preso , acusado de violação, aquele tipo que nos julgávamos ser tão sensível, aquele gajo porreiro e tão vivido, aquele gajo que fez o download da fotografia pela qual recebeu o titulo de artista, aquele bacano... que adora criancinhas. Entregues ao mundo virtual assim vamos indo, onde todos podemos ser pessoas novas e começar uma vida do zero, em que podemos ser muito felizes e sensíveis, em que somos inteligentes graças ao copy/paste e até podemos ser ricos! Também há gente honesta, falo apenas de um mundo.
Mais pequeno o mundo em que vivemos porque subconscientemente já não medimos distancias, e de ano para ano esquecemo-nos de que os quilómetros não são um número mas sim uma distância percorrivel. Vamos viajar, podemos ver o nosso destino no Google Earth, “uaaaaau é tão rápido, fantástico!”
Globalizando o mundo por vezes também o generalizamos esquecendo que somos Homens. Entramos numa nova Era da nossa história e o mundo está a mudar rápidamente, acompanhemos esta velocidade vertiginosa para todos, a velocidade digital mas mantenhamo-nos humanos lembremos-nos verdadeira capacidade humana de se socializar e não esqueçamos as verdadeiras relações, as reais. O mundo está sob uma guerra fantasma, a guerra dos espíritos e nós somos o canal de nós mesmos....

22/01/2007

Para mim, isto é Sociologia Séria. (Controvérsia?... A ideia é essa!)

O pensamento Pós-Moderno em Michel Maffesoli



Por Marcos Antônio Alves de Araújo
“(...) A aplicação de um saber dionisíaco pode dar a perceber o significado profundo do vitalismo pós-moderno”.Maffesoli (1998)

Perpassadas por idéias obsessivas, as obras do catedrático sociólogo Michel Maffesoli[1] são imbuídas e permeadas por pistas e sensibilidades teóricas, que possibilitam aos aventureiros das ciências sociais realizarem leituras densas da sociedade pós-moderna a partir dos rastros que vão sendo deixados por este artesão do saber e da escrita. Nesse sentido, esse sociólogo formula categorias de análises e perscrutações das múltiplas faces sociais.
Entre suas inúmeras contribuições “tatuadas” no corpo das ciências humanas, destacamos inicialmente a tentativa de descongelar ou descristalizar os conceitos, visto por ele como um engessamento teórico. Para Maffesoli, como cientistas sociais, devemos ter a capacidade de flexibilizar os conceitos, tornando-os mais maleáveis e movediços. Além disso, na pós-modernidade esse termo, conceito, não consegue mais explicar a complexidade humana. Deste modo, esse teórico “profetiza” a utilização de categorias ou mini-conceitos ao invés de conceitos. Partindo desta perspectiva, Maffesoli alude que algumas “teorias” e pensamentos fecundados e empregados na modernidade não devem mais ser utilizados para compreender as urdiduras que são tecidas nos espaços da pós-modernidade.
Enquanto na modernidade predominava uma razão abstrata, concreta e inexorável, na pós-modernidade prevalecerá uma conjunção da razão abstrata com a razão sensível. Nessa pós-modernidade, que alguns autores preferem chamar de contemporaneidade, alguns sentimentos e emoções vão ser partilhados em coletividade.
Esse respirar coletivo, remete segundo Maffesoli, a uma ética da estética.A ética da estética constitui-se, justamente, em emoções partilhadas e vivenciadas em comum. Uma faculdade de sentir em comum. Desta maneira, a ética é definida como uma contraposição a moral castradora instituída socialmente. Seria uma espécie de moral sem restrições, sem fronteiras, limites ou barreiras. Acerca dessa ética da estética, presente na pós-modernidade pode-se enfatizar que na contemporaneidade multíplices Deuses[2] vão protagonizar as tramas, inexistindo um único grande artista na peça tecida. Com o fim de uma moral universal e o nascimento de uma moral plural, estão se desenvolvendo, aos olhos de Maffesoli, um relativismo moral visível. Quanto à estética, deve-se compreendê-la no seu sentido mais simples: “vibrar em comum, sentir em uníssono, experimentar coletivamente, tudo o que permite a cada um, movido pelo ideal comunitário, de sentir-se daqui e em casa neste mundo” (Maffesoli, 2005: 8).
Malgrado, no caminhar pelas sendas textuais do mistério da conjunção, suscitamos uma inquietação: como pensar em experimentar e sentir em coletividade se vivemos em uma sociedade fragmentada? Óbvio que Maffesoli não descarta o discurso de uma sociedade pós-moderna fracionada. No entanto, para ele os arranjos sociais são estilhaçados ou mesmo fragmentados em várias tribos, partes e parcelas. Conforme Maffesoli, na pós-modernidade, os indivíduos vão estabelecer identificações com determinados grupos sociais, usando símbolos, imagens, signos e adereços que vão reconhecê-los como pertencentes a determinadas tribos formadas, bem como, serem reconhecidos pelos agentes exógenos. Nessas identificações, os indivíduos pós-modernos se apropriam de espaços, construindo seus territórios de socialidades e tecendo as múltiplas relações de poder[3], dissolvidas nos arranjos sociais. De acordo com Maffesoli (2001: 79), a “socialidade em seus vários aspectos, ao lado de sua inscrição temporal, possui igualmente uma dimensão espacial que não se pode negar a importância”. O “hedonismo de todos os dias tem necessidade de um território para irromper e exprimir-se” (Maffesoli, 2001: 79). Prevalece, nesse sentido, o desejo de estar junto, o sentimento de pertença aos micro-grupos “germinados”. Salienta-se que esse desejo de estar junto poderá, segundo cada indivíduo, ser provisório ou um pouco duradouro.
Por provisoriedade, Maffesoli infere que na pós-modernidade as coisas se esgotam no ar. Nada é infinito, nada é imutável, nada é para sempre. Embora, vivamos num eterno retorno ressignificado dos mesmos, numa lógica circular. Na modernidade pensávamos o tempo por meio de uma lógica linear. Porém na pós-modernidade o tempo é pensado numa dimensão cíclica. No tempo das tribos, os agentes sociais vão ser alvos de uma hedonização de seus corpos, de seus discursos, de seus atos, enfim, de suas vidas. Seus ditos e não-ditos estão inerentes e em consonâncias com o viver o presente, o momento, o aqui e o agora.
Em termos teóricos, compartilhando das mesmas sensibilidades de autores como Michel de Certeau, Carlo Ginzburg, Michel de Foucault, entre outros, Maffesoli defenderá as análises das micro-cenas, ou como preferem os historiadores, micro-histórias. Partículas que fazem parte do cotidiano da sociedade e que por muito tempo foram ignoradas pelos cientistas sociais. Essas cenas são, concomitantemente, pequenas e grandes. Pequenas, talvez, por não terem uma dimensão espacial significativa. Grandes por serem extremamente e profundamente complexas. Pode assim proferir que o interesse pela culinária, o jogo das “aparências, os pequenos momentos festivos, as perambulações diárias e o lazer não podem ser vistos como elementos sem importância ou frívolos da vida social” (Mafessoli, 2005: 12). Esses pequenos atos constituem “verdadeiras” centralidades subterrâneas, isto é, momentos da vida do sapiens démens[4] que são vivenciados em grupos e que na maioria das vezes fogem ao ideal estabelecido sócio-culturalmente. Nessa respiração coletiva em territórios flutuantes, acontecem as transgressões, as burlas e os desvios cimentados historicamente. Concernente a essas sociedades complexas, atinamos a existência de uma unicidade formada por um politeísmo de valores resultados da “estética que garante a sinergia social, a convergência das ações e das vontades e permite, mesmo conflitual, um equilíbrio, dos mais sólidos” (Maffesoli, 2005: 17). Dessa forma, concluímos esse ensaio reflexivo, considerando que as contribuições de Maffesoli, com suas pistas teóricas, são de enorme preponderância para compreendermos uma ínfima parte da complexidade da espécie humana encravada nos territórios ditos pós-modernos.

20/01/2007

Encostaram-me à parede

Eh pa! Bom!...
Ainda bem que me encostaram à parede.
É que, infelizmente, ou não, sou daqueles que têm relutância em ser o primeiro a atacar.
Mas já que o fizeram. Agora, tomem lá disto!

Ahhhhhhhhhhhhhhh!!!
Vocês são uns merdas.
Uns derrotados.
Uns vendidos.
Uns enrabados.
Uns solitários.
Uns encaixados.
Uns meninos bonitos da mamã opinião pública.
Uns meninos bonitos do papá direito.
Bastou um murro para passarem o resto da vida a obedecerem ao agressor.
Onde está a vossa essência?
Onde está a vossa opinião?
Onde está o vosso espaço?
Tudo questõezinhas que vão ficando por responder.
E vocês continuam.
Firmes, valentes, com as vossas palas nos olhos, que diáriamente colocam com todo o cuidado.
Já sem intimidade, sem vergonha, com as mãos a tapar, não o sexo, que isso, hoje em dia, seria "políticamente incorrecto", mas a tapar o coração.
Eles muito machos e elas muito fêmeas, ou então, exactamente o contrário, é precisamente a mesma coisa, tal como manda a dominação, a ordem e a solidão.
Caminham, quotidianamente, para ofícios nos quais servem um engenho do qual desconhecem o artista.
E, aqui, quem tem mais sucesso é quem melhor se adaptar a um molde que não é o seu. Logo, quem for mais tolerante às molestações e amputações necessárias à devida adaptação ao molde.
Chegam a casa e, mais uma vez, tem que estar prontos para apreender. Para apreender a amar o papel social que escolheram para o parceiro e que melhor se conjuga com a daptação ao papel para eles escolhido pelo parceiro.
E assim vivem num enorme selvático bacanal, livres e democráticamente despidos de dignidade, nesta barulhenta e absolutamente silenciosa liberdade.
Dominantes ou dominados.
Sozinhos...

Admiro sim...

Se me perguntarem quem quero ser quando for grande. Responderei que quero ser eu.
Se me perguntarem se tenho ídolos responderei que não.
E isto porque eu já me vislumbrei e como tal vislumbrei a minha unicidade. E amo-a naturalmente e vivo para tal. Anseio-a necessáriamente.
Se me perguntarem se admiro alguém... Responderei: claro que sim.
Oh! Como eu quereria ser eu como esse alguém foi ele próprio...

Amizade

A amizade é quando te sentes tão bem acompanhado
que podes estar sozinho em tão boa companhia.

Doçura

Jazo na cama, ao lado dela que já dorme.
Jazo num extâse sereno que me ultrapassa.
Olho para ela.
Continuo a olhar...
Ainda enternecido...
Muito mais que agradecido por quem jaz também a meu lado.
Ela ainda não sabe o quanto, sabendo já uma boa parte.
A isso valeu também a beleza desta noite.
À entrega. À entrega que se deu.
Imagine-se... Sem pudor.
Mas sim. Foi. Foi para além disso.
Ela amou o meu amá-la.
E deixou-me a ecoar na alma uma nova palavra:
Doçura.
Bem, parece-me que não me fica nada por pensar esta noite.
Vou fechar os olhos e sentir.
Deliciado e deliciando o facto de saber que este irá fluir.
Já ensonado. Apeteceu-me... Sorrio, e pisco o olho a Deus.

19/01/2007

O tabú da humanidade é a totalidade do indivíduo

18/01/2007

Que os olhos se fechem por prazer

Espero,
que o cansaço não tenha medo do sono,
que reclame a sua dignidade e mude de nome.
Que os olhos se fechem por prazer,
sem medo, sem râncor.
Que o bocejar aconteça sem pudor.
E que o sonho surja e não pare,
envolto naquela tal doçura,
que me adormece com vontade de acordar...

"Uma das dez maravilhosas verdades da vida"

Ora sabemos que nenhum bem é completo, se não for partilhado.


Erasmo, "Elogio da Loucura"

14/01/2007

A sede ome de i
a a ne
A c r e
a arn
A sede e fome sufocam em um d ejo i a
que ultrap

a o ter-te

kero-te o
r-te seria m o dos p eres co arado que seria ultrapassar o obstaculo
e fazer o que realmente me apeteçe fazer (e melhor, ir contra tudo e todos..... ......reb r-me...mandar-vos a t erda com o sos pre os, sim pk meus so sao pk vcs me obrigam...Na verdade, é pk o sinto acho , logo é normal...se eu sinto.....tlv devesse mm ir por ai...Imagina k era aceite?sera que contribuia?sera que me mostrava a mim e a eles tb algo de novo?....nunca vamos saber....e fds n kero morrer sem experimentar tudo caramba!)
seria suplantar-me desta sociedade...seria dizer:c os vcs, vou viver s a...
Saber de suas regras e conscientemente dizer (sem experimentar) naaaa isso nao e para mim.....cr a decide ere v er na d idade a e er a a gria do a or verdadeiro infinito, mais infinito k dura pa sempre e k te da b .f ilia e f idade bey yo r est d ms.....
s ia rid ulo....n nca tivemos hipoteses contra isto!

nunca!
O desejo monocórdico faz-me franzir o sobrolho.
A chama extingue-se

reacende-se
extingue-se
.........









(censura da sociedade em que cresci impede-me de alimentar tais impulsos quanto mais escrever acerca deles, estou castrada neste blog será possível?!)

13/01/2007

Agora é todos os anos... Avalanche!

































12/01/2007

Desconfio que este homenzinho seja inteligente...

04/01/2007

Foram vistos em Sevilha