20/01/2007

Encostaram-me à parede

Eh pa! Bom!...
Ainda bem que me encostaram à parede.
É que, infelizmente, ou não, sou daqueles que têm relutância em ser o primeiro a atacar.
Mas já que o fizeram. Agora, tomem lá disto!

Ahhhhhhhhhhhhhhh!!!
Vocês são uns merdas.
Uns derrotados.
Uns vendidos.
Uns enrabados.
Uns solitários.
Uns encaixados.
Uns meninos bonitos da mamã opinião pública.
Uns meninos bonitos do papá direito.
Bastou um murro para passarem o resto da vida a obedecerem ao agressor.
Onde está a vossa essência?
Onde está a vossa opinião?
Onde está o vosso espaço?
Tudo questõezinhas que vão ficando por responder.
E vocês continuam.
Firmes, valentes, com as vossas palas nos olhos, que diáriamente colocam com todo o cuidado.
Já sem intimidade, sem vergonha, com as mãos a tapar, não o sexo, que isso, hoje em dia, seria "políticamente incorrecto", mas a tapar o coração.
Eles muito machos e elas muito fêmeas, ou então, exactamente o contrário, é precisamente a mesma coisa, tal como manda a dominação, a ordem e a solidão.
Caminham, quotidianamente, para ofícios nos quais servem um engenho do qual desconhecem o artista.
E, aqui, quem tem mais sucesso é quem melhor se adaptar a um molde que não é o seu. Logo, quem for mais tolerante às molestações e amputações necessárias à devida adaptação ao molde.
Chegam a casa e, mais uma vez, tem que estar prontos para apreender. Para apreender a amar o papel social que escolheram para o parceiro e que melhor se conjuga com a daptação ao papel para eles escolhido pelo parceiro.
E assim vivem num enorme selvático bacanal, livres e democráticamente despidos de dignidade, nesta barulhenta e absolutamente silenciosa liberdade.
Dominantes ou dominados.
Sozinhos...