27/12/2008

é apenas uma música bonita o suficiente para se partilhada.

24/12/2008

BOM NATAL!!

especialmente para a elvita!

22/12/2008

Por vezes julgo sentir a coisa insustentável , mas o que é isso afinal?
Ao tentar descrever percebo que so no momento o senti e quando me apercebi ,ganhei consciencia e a coisa escapou-se esguio do pensamento.É aquilo que sentes sem te aperceber e nao consegues portanto definir.Isto nao fará grande sentido porque contradiz a primeira afirmacao.
Passando esse ponto , poderia tentar novamente agarrá-la:
Um agitar cheio do qual estas ä distancia segura de um virar de esquina de onde ves a nevoa de fumo que evapora trazendo ate ti o eco abafado de conversas e risos.É uma rua vazia para onde caminhaste vindo da tua origem igualmente barulhenta e da qual sentes um distanciar crescente e galopante.Olhas em frente e a esquina nunca mais chega, ou as tuas pernas nao estao a avancar.Sinto-me confusa porque julguei estar a caminhar.E estou, porque ao menos já nao estou na rua anterior...
Mas nada acontece.Nem bom , nem mau.Ao menos isso.
Perante a ideia de acontecer algo de mau estarreco de arrependimento..Uma coisa pseudo catolica que me ficou de paragens passadas.Ingratidao nao e um sentimento digno para alem de que é uma perda de tempo.
Continuarei pacientemente neste estado flutuante onde nem a escrita proporciona alivio embora tambem nao cause dor.

21/12/2008

Venham elas! Venham as crises!


17/12/2008

Memórias

Ao som do coração sinto as badaladas da vida.
Um suspiro frio que encaroça a garganta.
Uma voz de dor que ainda vive.
Ilusões queimadas de memórias esquecidas, memórias vividas, memórias….
Soluçando memórias.. parindo memórias. Preciso de memórias!
Ainda hoje sinto que não me morreste. MORRESTE-ME?

10/12/2008

O consciente acusa o ausente

Morada diferente, hábitos familiares.
Repete-se uma actividade laboriosa que marcou cinco anos de existencia.O sabor continua a ser bom.
A volatilidade acompanha sempre alheia ä realidade e assalta sem preliminares.É um ladrar constante e a música ouve-se novamente.
A cassete é a mesma e toca:

"É entao isto que me dás em troca de tanto amor? O amor que é mais forte, uniu-nos para toda a vida E tu? Se tens algum interesse por mim, escreve-memuitas vezes Bem mereço o cuidado de me falares do teu coração.
Oh, quanto fica ainda por dizer... "

Agarro-me a esperancosa procura da perfeita repeticao se é que tal coisa existe...Regresso as saudades e aflita reparo que aos poucos fui eliminando as poucas fontes virtuais desse prazer masoquista.A memoria está por si só a lutar contra a consciencia que acusa ainda o ausente.
Continuo a pensar no meu azar de nao ficar.

09/12/2008

EM FRENTE CAMARADAS!!

" Triste de quem vive em casa,
Contente com o seu lar,
Sem que um sonho, no erguer da asa,
Faça até mais rubra a brasa
Da lareira a abandonar!... "

Fernando Pessoa in "O Quinto Império", Mensagem

EM FRENTE CAMARADAS!!

" Triste de quem vive em casa,
Contente com o seu lar,
Sem que um sonho, no erguer da asa,
Faça até mais rubra a brasa
Da lareira a abandonar!... "

Fernando Pessoa in "O Quinto Império", Mensagem

Obrigado!

Apareceste-me na altura certa.
Estava no cais,
Indeciso em deixar o chão que sempre pisei.
Com sonhos de mim. Com sonhos ridículos.
Finalmente tive coragem de sonhar o ridículo.
Não há nada mais belo.
Sonhos leves e amplos, frágeis e dengosos.
Tu estavas lá, também.
O ambiente roçava o grande silêncio,
mas ainda somos novos portanto por vezes ainda soltávamos um riso, um grito ou um gemido.
Nada disso o abalava. Nem a ele, nem ao sentimento com que nos cobria.
Uma manta imensa e felpuda. Parecia veludo.
Não nos magoávamos. Fizéssemos o que fizéssemos.
Cambalhotas, saltos, todo o tipo de acrobacias.
Costumávamos até experimentar grandes saltos agarrados, grandes quedas separados, e grandes erros, grandes ousadias.
Nada. Nunca nos magoávamos.
Era puro veludo.
Perigoso era quando parava e olhava para ti.
Os teus olhos, a tua boca. A tua maneira de falar.
Era estranho, parecia ficção, magia...
Porra, que coisa mais linda!
Nunca me poupavas ao sofrimento de existires.
Sempre a meteres-te comigo.
Mas esforçavas-te por esquecer que eu te levava a sério.
Contudo eu compreendo. Eram deliciosas as brincadeiras.
Eu que o diga.
Agora vais-te e levas contigo só parte da manta.
E eu fico fodido contigo!
De que é te estás a rir? Porque não levas a manta toda?
Dá-me ao menos um pretexto para eu te odiar.
Para eu te poder esquecer.
E tu nada. Continuas-te a rir.
Foda-se que sorriso mais lindo. Pára lá com essa merda!
E viras-te com o teu jeito solto e infantil, abanando a anquinha.
Não levas râncor por não me ter e não me permites tê-lo por ti também.
Grande puta que me saíste.
Estás tão cheia de verdade.
Nem o deves saber, mas pronto.
Vai lá ter com ele.
Ah!!! Eu podia-te dizer que valho bem mais que ele, que não deixava de ser verdade.
Mas o amor não se rege por meritocracias. Rege-se por essências, por naturezas.
Ao menos o amor.
Mais uma vez, ao que parece, tens razão!
Vá, desaparece! Põe-te a andar!
Vai lá ter com o teu homem que eu tenho uma viagem por fazer.
Uma viagem ridícula. A minha viagem. Viagem fabulosa!
Estou decidido!
Finalmente, miúda!
Já agora, obrigado!
Sinceramente...
Adeus. Até qualquer dia!

02/12/2008

É curioso observar a volatilidade interior.Tanto se sente a mais profunda das tristezas como de subito uma certa paz e até, algum conforto. Esse só pede descanso para o dia seguinte onde por entre a rotina surgem oportunidades e novos alentos.Talvez venha mostrar como podemos ser tao frageis e tao poderosos (poderosos no sentido mais humano) ao mesmo tempo.
Nao creio que seja o vazio a encher-se, serao apenas ligeiros ventos que por la circulam.
Tanto faz, no fundo conseguimos sobreviver desse insignificante movimento.