Vem a mim
Vem a mim sã e querida loucura. Desta vez não te deixarei ficar mal. Vou soltar-me, correr para a liberdade e não mais abandoná-la. Vou fugir deste cativeiro que a mim me impus por viver num mundo infértil e violento. Que se foda a segurança, que recaia, então, brutalmente sobre mim a crua realidade da mortalidade. Quero acordar! Acordar deste sono protector, solitário. Para quê sobreviver se não se vive acordado. É-me urgente viver! E não preciso de alarmes, obrigações ou disciplina. Sei bem o que faço aqui. O louco romântico que há em mim continua bem vivo e não é um mundo de porcos, gordos e ofegantes, preversos e ressabiados, reprimidos e impotentes que me vai parar. Não, a mim não! Quem se puser à frente, que me chupe a pila, como tão bem costumo dizer quando vagueio bêbado e inconformado por móbidas ruas.
4 Comments:
(comento os dois textos aqui)
Grandes textos amigo, bela libertação essa, e tão deslumbrante vontade - tão natural e tão merecida.
Vamos em frente com toda a força (mas não inconscientes.)
abraço steila!
ah, e eles que nos xupem a pila!!
Não te têm chupado a pila, pois não?
e elas!
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