18/03/2009

Sei apenas onde moras

Sei que não serás quem procuro.
Que moras na imprevisibilidade da minha liberdade.
E como essa não se conhece pois apenas acontece
Não quero encontrar-te.
Seja de que forma for.
Porque, afinal de contas, encontrar-te-ia
em forma de previsão aprisionada
ou de consolação passada
de uma solidão só minha e por mim abandonada.
O que eu quero mesmo
é que me aconteças, que me surpreendas.
Pois eu a ti quero-te real!