Lado a lado
Estou sentado a apontar o que o meu professor de Sociologia de Consumo e Estilos de Vida vai dizendo quando, de repente, todo o meu corpo pulsa, pulsa violentamente. Arregalo os olhos! E pulsa uma, outra e outra vez, os músculos contraiem-se e dilatam-se contraídos. O poder é imenso! O meu sangue dispara, a energia transborda, tudo em mim lateja. Saio a correr da sala de aula! -Bruahhhhh!!! Que êxtase, que prazer, que poder!... A certa altura começo a ver tudo à roda e mesmo assim a força não pára de aumentar, vai-se tornando progressiva e crescentemente desagradável até se tornar insuportável. Mas esta força tem devir portanto incapaz de se desenvolver e instalar devidamente em mim começa a soltar-se e liberta-se do meu corpo cuspindo-me. Deixa-me inerte e completamente exausto no chão e avança decidido. Move-se como que flutuando sobre o chão apesar de cada passo que dá soar a um rugido tectónico. Caminha arrastando consigo quem não se afasta do seu caminho ou afasta-os ele próprio com uma hábil e ágil tremenda violência só por mero capricho. Vêem-se pessoas a voar pelas janelas do ISCTE. Uma ou outra ajoelha-se à sua passagem em jeito de apelo misericordioso ao que ele responde: -Levanta-te miserável, faz como eu. Porque perdes tempo?
E segue, no seu passo de devir. Um professor, uma qualquer personagem com a ilusão e o fardo de pensar que representa a autoridade tenta impedi-lo. Tenta em desespero de alguma forma manter uma ordem. A força dionísica agarra-lhe a cabeça apenas com uma mão e: -Clackkk!!! A cabeça do professor é literalmente esmagada contra a parede. Dirige-se para o centro de Investigação, ao que parece. Ainda antes de chegar destrói a entrada do edifício com a força que um movimento brusco do seu imponente braço produz. -Se aqui mora o vosso saber quero uma entrada simples! Uma entrada ampla e convidativa. Entra e aproxima-se do apavorado segurança escondido atrás da sua secretária. Diz-lhe delicadamente: -Só um pequeno aviso aos da casa, meu caro. Nada mais. Eleva o braço e dá um murro na secretária. A força é tal que a secretária se desintegra, o edifício estremece de uma ponta a outra, os azulejos partem-se e os vidros estilhaçam-se. Por fim, fala: - O paradigma mudou meus amigos. Nesta casa, a partir de agora, em vez de perguntarem à Ciência o que ela pode fazer por vós e pelo vosso país vão, ao invés, peguntá-lo a vós mesmos. "O que é que eu posso fazer por mim e pelos meus?", é a nova pegunta de partida. Agora sim, ao trabalho miseráveis!!!
A sua voz não era gutural, era ainda mais profunda. Parecia não lhe pertencer apenas a ele. Era incrivelmente poderosa e, no entanto, parecia dar-se estranhamente bem com o silêncio. Talvez por isso soasse a verdade cada frase que dizia.
Vira o rosto para a saída. O devir mantém-se mas o seu olhar está diferente. Sem rodar o corpo antecipadamente dispara-se num potente salto para o pátio. Observa o espaço. Localiza, então, os protagonistas do seu desejo e num só gesto veêm-se três raparigas saltar do lugar onde estavam para os seus braços gigantes. As raparigas berram de pânico, mas este Dionísio tem surprendentemente uma tal arte que a posição dos seus braços parece produzir um sentimento de um abraço absolutamente protector e infinitamente amistoso às raparigas. Rapidamente se recolhem em silêncio. Laça-as às suas imponentes costas e voa dali para fora. Parece que ainda foi à margem Sul, ao Parque das Nações e a Cascais com o mesmo propósito.
Dirige-se, agora, para Sintra. Vem a voar e uma das raparigas queixa-se de frio. Dionísio deixa-se cair, mas como voava sobre o mar, para não molhar quem o acompanhava, afasta as águas de forma a caminhar sobre o fundo marinho, agora, um ambiente quente e seco, certamente do agrado das suas passageiras. Chega finalmente a uma bela praia e prepara-se, então, para possuir não uma nem duas mas as seis raparigas por si escolhidas. Estende-as sobre a praia, uma de cada vez, cuidadosamente, observando-as e, prepara-se. Os seus olhos brilham sobre uma ansiedade ardente mas não há devir no seu brilho, algo o perturba. Dionísio arfa! Está apaixonado, apaixonado pelas seis raparigas. E a sua força parece dividir-se pelo mesmo número, esvaindo-se sem destino. Desesperado Dionísio apressa-se a possuir as seis raparigas. Mas está desorientado, age com uma violência desgovernada. Sem conseguir obter prazer atinge o limite e ruge! Um rugido de tal forma poderoso que este mesmo o desintegra em conjunto com as seis raparigas...
Acordo sobressaltado com o barulho de uma imponente vaga. Estou na praia da Ursa. Deixei-me adormecer depois de meditar e a "fera" do meu cão lambe-me a cara. Afasto-o. Olha-me com aquela ar selvagem de desafio. Quer passear basicamente e rodopia e rodopia, baixando-se em seguida, novamente em apelante posição de desafio. Eu retribuo-a também baixando-me e aceitando a proposta afagando-lhe o focinho em sinal de aprovação. Ele percebe e começa a correr em pulgas. Corro também um pouco com ele.
Já mais ao longe vê-se:
eu e a fera
a passear,
lado a lado...
E segue, no seu passo de devir. Um professor, uma qualquer personagem com a ilusão e o fardo de pensar que representa a autoridade tenta impedi-lo. Tenta em desespero de alguma forma manter uma ordem. A força dionísica agarra-lhe a cabeça apenas com uma mão e: -Clackkk!!! A cabeça do professor é literalmente esmagada contra a parede. Dirige-se para o centro de Investigação, ao que parece. Ainda antes de chegar destrói a entrada do edifício com a força que um movimento brusco do seu imponente braço produz. -Se aqui mora o vosso saber quero uma entrada simples! Uma entrada ampla e convidativa. Entra e aproxima-se do apavorado segurança escondido atrás da sua secretária. Diz-lhe delicadamente: -Só um pequeno aviso aos da casa, meu caro. Nada mais. Eleva o braço e dá um murro na secretária. A força é tal que a secretária se desintegra, o edifício estremece de uma ponta a outra, os azulejos partem-se e os vidros estilhaçam-se. Por fim, fala: - O paradigma mudou meus amigos. Nesta casa, a partir de agora, em vez de perguntarem à Ciência o que ela pode fazer por vós e pelo vosso país vão, ao invés, peguntá-lo a vós mesmos. "O que é que eu posso fazer por mim e pelos meus?", é a nova pegunta de partida. Agora sim, ao trabalho miseráveis!!!
A sua voz não era gutural, era ainda mais profunda. Parecia não lhe pertencer apenas a ele. Era incrivelmente poderosa e, no entanto, parecia dar-se estranhamente bem com o silêncio. Talvez por isso soasse a verdade cada frase que dizia.
Vira o rosto para a saída. O devir mantém-se mas o seu olhar está diferente. Sem rodar o corpo antecipadamente dispara-se num potente salto para o pátio. Observa o espaço. Localiza, então, os protagonistas do seu desejo e num só gesto veêm-se três raparigas saltar do lugar onde estavam para os seus braços gigantes. As raparigas berram de pânico, mas este Dionísio tem surprendentemente uma tal arte que a posição dos seus braços parece produzir um sentimento de um abraço absolutamente protector e infinitamente amistoso às raparigas. Rapidamente se recolhem em silêncio. Laça-as às suas imponentes costas e voa dali para fora. Parece que ainda foi à margem Sul, ao Parque das Nações e a Cascais com o mesmo propósito.
Dirige-se, agora, para Sintra. Vem a voar e uma das raparigas queixa-se de frio. Dionísio deixa-se cair, mas como voava sobre o mar, para não molhar quem o acompanhava, afasta as águas de forma a caminhar sobre o fundo marinho, agora, um ambiente quente e seco, certamente do agrado das suas passageiras. Chega finalmente a uma bela praia e prepara-se, então, para possuir não uma nem duas mas as seis raparigas por si escolhidas. Estende-as sobre a praia, uma de cada vez, cuidadosamente, observando-as e, prepara-se. Os seus olhos brilham sobre uma ansiedade ardente mas não há devir no seu brilho, algo o perturba. Dionísio arfa! Está apaixonado, apaixonado pelas seis raparigas. E a sua força parece dividir-se pelo mesmo número, esvaindo-se sem destino. Desesperado Dionísio apressa-se a possuir as seis raparigas. Mas está desorientado, age com uma violência desgovernada. Sem conseguir obter prazer atinge o limite e ruge! Um rugido de tal forma poderoso que este mesmo o desintegra em conjunto com as seis raparigas...
Acordo sobressaltado com o barulho de uma imponente vaga. Estou na praia da Ursa. Deixei-me adormecer depois de meditar e a "fera" do meu cão lambe-me a cara. Afasto-o. Olha-me com aquela ar selvagem de desafio. Quer passear basicamente e rodopia e rodopia, baixando-se em seguida, novamente em apelante posição de desafio. Eu retribuo-a também baixando-me e aceitando a proposta afagando-lhe o focinho em sinal de aprovação. Ele percebe e começa a correr em pulgas. Corro também um pouco com ele.
Já mais ao longe vê-se:
eu e a fera
a passear,
lado a lado...
3 Comments:
stila!
oui oui, steila!
The Incredible Hulk meets ISCTE.
Yeah!
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