03/03/2008

A noção de permanência

A identidade
Permite que o indivíduo se perceba como sujeito único, tomando consciência de si mesmo.Compreende várias noções que não mudam com o tempo, como a impressão digital.É a diferenciação entre o eu e o outro.É uma metamorfose constante no campo social onde somos o papel que desempenhamos, o de filho, de amigo, de aluno...
No fundo é uma memória ,individual e colectiva.
Não sei até que ponto teremos algum controlo sobre a sua forma.Aquela que temos para o outro é uma suposição, porque não é propriamente algo de que se fale porque mais uma vez não controlamos a nossa memoria no outro nem a desse em nós.Dificilmente a conseguimos definir , é mais um aglomerado de ideias por vezes contraditórias.Não estou a fazer grande sentido...Nem para mim.Deambulo à volta desta temática sem perceber porquê.Nada concreto me surge a não ser aquelas associações típicas de "estou a tomar consciencia" ou "estou a transitar para...ou de...".Irrita-me essa fastfood-to-go-pop psicologia que entra no senso comum.É estúpido contentarmo-nos com a primeira explicação quando na verdade a fase de nevoeiro é determinante , é absurdo assumir que temos explicação para tudo e que não devemos ficar (fugir disso mesmo, como se fosse proibído) num estado incerto por algum tempo.
Flutuar no vazio.
Flutuar no algomerado de coisas, ruído e informação sem agir.
O tempo é sábio, e as pessoas apressadas.
Precipitamo-nos para situações subestimando o seu peso na nossa identidade.É estúpido e naif.Não há forma de crescer assim.
É o maldito conforto do seguro, o medo à mudança e crescente indiferença.

"Não há nada mais duro do que a suavidade da indiferença "
Juan Montalvo