18/01/2008

O espírito

Quem escreve pode ter os amigos que conseguir criar, quais inquietações que queremos sanar nos outros, as que procuram um reflexo de todas as possibilidades em alguém que nos eleve, as que procuram uma história que revele um pouco mais de sensações, de textura, de um tom. É um tom de humanidade, de cor de alma, pessoa; per sona (máscara), a personagem que sempre procuramos, a identidade que reconhecemos nalguns, que se passeia em nós por medos, ambições ou deboches; ora vagueia na ingenuidade ora se enche de orgulho e certeza, segura de exemplos de heróis e de encantos:

Quantos passos decididos são os do homem que aponta a arma ao seu irmão(?), quantas flores tem o dia de uma puta(?), quantas almas tem uma mãe(?), quantos actrizes, mulheres a dias, taberneiros, enfermeiras e enfermos, donos e empregados, quantos acordam comigo, quantos são para mim mais um dia?

1 Comments:

Blogger J. said...

quantas flores tem o dia de uma puta(?)

nunca tinha pensado nisso, e agora que o dizes, faz todo o sentido dentro da esfera magica do quotidiano que nos transcende.

12:40 da tarde  

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