29/12/2007

Algo familiar

Observo com satisfaçao ( perdoem a falta de acentuaçao, computadores alheios...) um povo distinto.
Parece que estou num mundo novo.As pessoas nao sao pessoas, sao uma especie nova que descobri.
Estas " criaturas" (no sentido mais carinhoso da palavra) fascinam-me com a sua pureza.
Nem sei se pureza sera o termo mais adequado, na verdade nao consegui ainda escolher uma palavra que os caracterize...e dificil, debati-me toda a tarde com isto.

Vivem e sao felizes , porque sim.
So porque sim...
Trocam caricias e palavras entre si constantemente.Nao consigo acompanha-los sequer...Olham para mim como se fosse um corpo estranho, que na realidade sou.
Sou um intruja, uma coruja...Sempre com os olhos vidrados nesta nova maneira de viver.
Toda a informaçao e repetida duas vezes...parece que perdi a audiçao.

Espero aprender, e viver com eles.Por agora contento-me com os momentos de reflexao , que sao na sua maior parte preenchidos por eles.
Agrade-me bastante que "eles" me ocupem o pensamento...Embora nao chegue a conclusoes algumas, e mesmo sendo por vezes invadida pelo assunto proibido...

Como agora invade e polui este texto...Esta agarrado a mim, ou estarei eu a agarrar-me a ele?
Espero entender porque me agarro tanto a ele, a esse pedaço negro e nefasto.

Sera por isso que sou estranha aqui?Eles veem essa podridao agarrada a mim!
Desejaria deixa-lo ca, mas eles nao o merecem.Terei que leva-lo de volta comigo e uma vez em terras familiares o largarei no mar.


Amanha rumo para uma outra aldeia, Moron.