Passeios
Acordava sempre acompanhado pelo sol que raiava.
Cedo se punha a caminhar com gestos que não eram só seus pois com tudo comunicava.
Chegava à cascata e deixava-se cair na água.
Entrava nela como que se entregando.
Mas não ficava por aí,
provocava-a, brincava com ela,
nadando energéticamente,
criando nela,
ondas e sobressaltos
mas sentindo sempre o seu acariciar.
Depois do banho, iniciava o seu passeio por entre a floresta.
Já tinha, no caminho, uma ou outra árvore predilectas, às quais não resistia abraçar-se quando por elas passava.
Seguia em direcção aos arbustos.
Lá, adorava perder-se de olhos fechados e braços abertos.
Caminhava assim entre eles.
E sentia as suas folhas
fazendo-lhe cócegas em todo o corpo
e na cara.
Por fim, quando a densidade permitia
lançava-se mergulhando para dentro destes.
Até que caía deitado e assim se deixava ficar
olhando o céu por entre as folhas e ouvindo todos os sons que conseguia alcançar.
Adorava estar assim deitado
desafiando a normal prespectiva.
Tudo era relativizado intuitivamente.
Ele brincava com o mundo.
Quando se sentia satisfeito ou farto de ali estar seguia de encontro ao vale ali próximo,
onde costumava estar a conhecida matilha de cães.
Com eles divertia-se a lutar.
Mas comportava-se como eles durante o processo.
Ladrando e investindo patadas e mordidelas...
Mas nada de sério, normalmente.
Apenas se divertiam.
Já enebriado pelo prazer do cansaço,
o corpo já mais dilatado,
procurava, então,
uma árvore madura com ramos generosos
e dormia com ela, sobre ela,
e aninhado.
Cedo se punha a caminhar com gestos que não eram só seus pois com tudo comunicava.
Chegava à cascata e deixava-se cair na água.
Entrava nela como que se entregando.
Mas não ficava por aí,
provocava-a, brincava com ela,
nadando energéticamente,
criando nela,
ondas e sobressaltos
mas sentindo sempre o seu acariciar.
Depois do banho, iniciava o seu passeio por entre a floresta.
Já tinha, no caminho, uma ou outra árvore predilectas, às quais não resistia abraçar-se quando por elas passava.
Seguia em direcção aos arbustos.
Lá, adorava perder-se de olhos fechados e braços abertos.
Caminhava assim entre eles.
E sentia as suas folhas
fazendo-lhe cócegas em todo o corpo
e na cara.
Por fim, quando a densidade permitia
lançava-se mergulhando para dentro destes.
Até que caía deitado e assim se deixava ficar
olhando o céu por entre as folhas e ouvindo todos os sons que conseguia alcançar.
Adorava estar assim deitado
desafiando a normal prespectiva.
Tudo era relativizado intuitivamente.
Ele brincava com o mundo.
Quando se sentia satisfeito ou farto de ali estar seguia de encontro ao vale ali próximo,
onde costumava estar a conhecida matilha de cães.
Com eles divertia-se a lutar.
Mas comportava-se como eles durante o processo.
Ladrando e investindo patadas e mordidelas...
Mas nada de sério, normalmente.
Apenas se divertiam.
Já enebriado pelo prazer do cansaço,
o corpo já mais dilatado,
procurava, então,
uma árvore madura com ramos generosos
e dormia com ela, sobre ela,
e aninhado.
1 Comments:
E a nós apetece-nos o mesmo passeio, a mesma viagem... e sentimos inveja.
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