07/01/2009

Retire-se o circo ao povo

Retire-se a arte ao homem e ele finalmente ver-se-á forçado a reinventar o mundo. Falo do mundo terreno, do palpável. Aquele a que todos temos o direito de nele reinar.
-Retire-se o circo ao povo! Retire-se o ópio às pessoas! A arte na visão budista e ser o poema são diferentes coisas. Cresce-se no e com o mundo. Sem ser nesses casos é puro consumismo. Mais um. Consumismo de nós próprios. É autofágico, é sexo virtual, meus amigos. Uma ilusão, uma consolação que impede que o mais maravilhoso se realize: O viver, agora, sendo.
Tiraram-nos o dieito à violência no grande "projecto civilizacional", logo, facilmente nos dominaram. E em troca ofereceram-nos apenas a arte. Bela merda! Que funciona ao mesmo tempo como consolação pessoal e como instrumento de manutenção da ordem. É o melhor escape para os oprimidos, essa arte a que nós chamamos muito pomposamente, mumificados em vestes de erudição: individualismo. Conceito que se confunde com tudo, hoje em dia, também: é viver numa democracia, é o livre consumismo, são todos os direitos pela política concedidos. Vejam lá: concedidos! Confunde-se com tudo isto e ainda muito mais.
-E assim é assegurada a obediência dos povos em detrimento da degradação do homem. Voilá!
Puta que vos pariu!

1 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Repito: é que é mesmo isso!


spencer

3:00 da manhã  

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