O sol da eterna madrugada
Tua mão em minha mão,
Meus olhos nos teus olhos,
Acaba-se o caminho,
Vai-se já pondo o sol.
Vai-se-me abrir a noite,
Fechar-se-me a pousada,
Ao sono vai render-se
O coração tranquilo.
Os dias já vividos
Vêm até mim com as nuvens,
Manhãs passadas trazem
Sua infantil verdura
E lá no alto do monte,
Onde se apaga o dia,
Fica acesa uma estrela,
Como última ilusão.
Tua mão em minha mão,
Meus olhos nos teus olhos,
Acaba-se o caminho,
Vai-se já pondo o sol.
Quando amanhã vier,
De novo a madrugada,
Do seio da noite escura
Deus é que vai nascer.
M. Unamuno
Meus olhos nos teus olhos,
Acaba-se o caminho,
Vai-se já pondo o sol.
Vai-se-me abrir a noite,
Fechar-se-me a pousada,
Ao sono vai render-se
O coração tranquilo.
Os dias já vividos
Vêm até mim com as nuvens,
Manhãs passadas trazem
Sua infantil verdura
E lá no alto do monte,
Onde se apaga o dia,
Fica acesa uma estrela,
Como última ilusão.
Tua mão em minha mão,
Meus olhos nos teus olhos,
Acaba-se o caminho,
Vai-se já pondo o sol.
Quando amanhã vier,
De novo a madrugada,
Do seio da noite escura
Deus é que vai nascer.
M. Unamuno
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