16/06/2007

Um animal autêntico

Partiu directamente do trabalho.
Dirige-se de carro para o Gerês.
Precisava de um fim-de-semana só seu...
Na manhã seguinte não acorda sozinho, o sol também se levanta a mesma hora.
Os seus olhos brilham já mesmo antes de abrir a tenda.
Espreguiça-se através de gestos soltos, decididos mas harmoniosos.
Dá aso a acontecer-se e prepara-se para caminhar o dia inteiro por entre floresta, montanha, rios e lagos.
Usufrui de tudo o que lhe é oferecido e decide parar à beira de um lago, após uns refrescantes mergulhos.
Está de pé, com uma postura despudoradamente imponente e com o olhar selvagem readquirido.
Sente-se vivo!
Tem espaço para isso.
E as suas pernas balançam e balançam.
Mas não balançam por stress, por inquietação, por qualquer vontade ansiosa de fuga.
Balançam de desejo, de sonho, de agressividade afirmativa.
Sente-se um animal autêntico! E nunca se sentiu tão civilizado...

Regressa, agora.
Apenas porque jaz nele uma necessidade maior de vir a partilhar tudo isto com alguém especial.

1 Comments:

Blogger Arnaldo Icaro said...

belo animal, envolvente e colorido. forte mas sensorial.

4:49 da manhã  

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