07/01/2006

De alguém em mim para mim

Porque não páras um pouco? Senta-te aqui. Ocupa esta cadeira! Relaxa...
Reparo que procuras, com ansiedade, a resposta última e absoluta, no primeiro contacto, aquando uma tua entrega, a seja o que for. Pois tenho-te a dizer que, felizmente, nenhuma dessas coisas tem a resposta última e absoluta que, desorientado procuras. E digo felizmente, porque isso tornaria a vida de cada um muito redutora.
A vida é muito mais que isso! Pois essa postura com que vives, essa resposta que procuras não existem, não são reais. Essa atitude é de quem não integra o passado e tem medo do futuro. É de quem não vê o presente. É de quem não procura a vida mas, sim a morte ou um qualquer final não doloroso. É uma via falaciosa, da qual nada recebes, mesmo quando muito te é oferecido. Não procures respostas procura perguntas.
Ergue-te para a realidade e encara a vida com resignação face à sua natureza. Pois a sua natureza é a mesma que a tua. Não resistas. Tu fazes parte dela e existes para a fecundar. Portanto aproveita cada momento e goza a interacção entre ti e a natureza. Mas aprecia cada momento, cada coisa na sua proporcionalidade, na sua natureza. Não os aprecies desta ou daquela maneira, não esperes isto ou aquilo. Limita-te a apreciar e apreciarás verdadeiramente.
Agora vai. Vai à "tua" vida! Mas faz-me um favor: vai atento...