Não quero precisar de ti medo
O medo é paradoxal. Tanto pode ser assustador e desagradável, como pode ser um ninho de trevas acolhedor. Isto porque o medo parte de nós, tem origem em nós e é até construido por nós. Logo, temos um relativo controlo sobre ele.
Consequentemente, o medo é uma dimensão pessoal, paradoxalmente, muito segura que chega a ser utilizado por nós como abrigo. Pois o medo é conhecido, é previsível, é limitado, é impessoal. Não é novo... Estamos sozinhos...
Por outro lado, para lá do medo há tudo e nada. Para lá do medo há a vida, há a pessoa, há o mundo, há a novidade, há a mudança. Há o que há. Há perigos, sem dúvida, e muitos. E então?Hã? E então?
O maior perigo é, com toda a certeza, viver com medo. Viver com medo da vida. Aí há a certeza de a ausência de perigos. Essa está lá, é certo. Mas não há mais nada. Só essa certeza e medos, medos, medos, medos e medos de todas as cores, feitios e tamanhos. E não há nada pior que isto, que este caminho. Acreditem. Não há mesmo.
Já larguei a mão do medo. Caminho sozinho. Há insegurança. Tenho frio. Mas... Sinto-me vivo, porra. E ao olhar para a frente reparo que no caminho não avisto horizonte... Isso aterroriza-me. Mas cada passo que dou dá-me mais forças e é levemente delicioso... As expectativas revelam-se falsas. A paisagem é bonita e há pessoas simpáticas. Caminho e carrego um sorriso nos lábios. Sinto-me bem e continuo, entusiasmado.
Consequentemente, o medo é uma dimensão pessoal, paradoxalmente, muito segura que chega a ser utilizado por nós como abrigo. Pois o medo é conhecido, é previsível, é limitado, é impessoal. Não é novo... Estamos sozinhos...
Por outro lado, para lá do medo há tudo e nada. Para lá do medo há a vida, há a pessoa, há o mundo, há a novidade, há a mudança. Há o que há. Há perigos, sem dúvida, e muitos. E então?Hã? E então?
O maior perigo é, com toda a certeza, viver com medo. Viver com medo da vida. Aí há a certeza de a ausência de perigos. Essa está lá, é certo. Mas não há mais nada. Só essa certeza e medos, medos, medos, medos e medos de todas as cores, feitios e tamanhos. E não há nada pior que isto, que este caminho. Acreditem. Não há mesmo.
Já larguei a mão do medo. Caminho sozinho. Há insegurança. Tenho frio. Mas... Sinto-me vivo, porra. E ao olhar para a frente reparo que no caminho não avisto horizonte... Isso aterroriza-me. Mas cada passo que dou dá-me mais forças e é levemente delicioso... As expectativas revelam-se falsas. A paisagem é bonita e há pessoas simpáticas. Caminho e carrego um sorriso nos lábios. Sinto-me bem e continuo, entusiasmado.
posted by Garcia at 8/14/2005 07:51:00 da tarde
2 Comments:
meu jovem amigo garcia.
Eu acredito que o problema e a soluçao têm necessariamente de partir do mesmo sitio pois são a meu ver a mesma coisa, de certa forma sao como o lado esquerdo e o direito de uma pessoa, saber usar ambos da mesma forma é impossivel, existe sempre um que e mais forte... mas se fores a ver constroi-se com mais facilidade quando se usam os dois lados. Penso que o medo e a coragem funcionam da mesma forma, e como em tudo têm que haver um equilibrio. questionarmo-nos verdadeiramente e da melhor forma continua a ser o mais dificil, e fazê-lo sem medo e na minha opinião impossivel (nao teria piada desta forma...), ele esta sempre lá em tudo o que fazemos. Com o medo e com a coragem , e porque nao da para ficar só com um,o melhor a fazer é ouvi-los, eles nao vao desaparecer, por isso aproveita-los da melhor forma possivel, equilibrada, aproveitar o que cada um têm de bom parece-me ser a melhor solução.
Gostei mt de ver como estás a caminhar nessa direcção...
Ps: telefona à miuda!!
Coragem não é caminhar sem medo.
Coragem é, apesar do medo que nos afoga a mente, dar um passo...
Xô Garcia, é bom lê-lo...
Cumprimentos, Canina
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