03/09/2007

O meu Absurdo

O meu absurdo não será o da morte.
Essa não se me apresenta como absurda.
O que se me apresenta como absurdo é a morte na vida, a não-vida, a impossibilidade desta se realizar.
O meu absurdo será o não-Ser, o não haver ou não serem vislumbradas condições para tal.
A impossibilidade do indivíduo criador fecundar.
Acredito na semente, na terra e na árvore.
Só me falha a fé no processo de semear.
O meu absurdo é a Solidão. O amante solitário.
O amor que fica por dar. Isso sim, é absurdo!
O meu absurdo não está no caminhante nem no seu destino, o meu absurdo está no caminho.