28/10/2006

Encontrei-me no meio da rua

Hoje encontrei-me a mim mesmo no meio da rua. Não estava completamente preparado ou, pelo menos, assim o sentia, mas encontrei-me. Há que dizer que sabia que passava por aquela rua e que era, então, muito provável que nos encontrássemos, mas andava a tentar evitá-lo e o meu estômago contraído evidenciava o meu estado de espírito.
Bem, foi um momento delicado, íntimo, difícil. Ao princípio não lhe conseguia olhar nos olhos. Ele(eu) estava com um ar impecável como sempre, mas aparentava estar triste e sentia-se claramente sozinho. Passeámos lado a lado, e mesmo face à ansiedade e inquietude do momento, eu sabia que aquilo de estar ali comigo fazia sentido, estava certo por alguma razão maior. Deixei-me ir. Pusémos a conversa em dia, interrompidos, ocasionalmente, pela comoção, ora dum ora de outro, ele(eu) praguejou contra a minha ausência e questionou-me relativamente às suas razões , como costuma fazê-lo. Por fim, fizémos, uma vez mais, promessas de que nos continuariamos a ver e a mantermo-nos a par da situação de cada um.

Farei por cumprir, caro amigo, cada vez melhor...