Matéria
Inspiro e incido em mais um problema da minha realidade, constato que não me dou bem com o mundo e com a matéria artificial, a criada pelo Homem, reparo que esta me oprime e não me deixa fluir como preciso, reaparo que actuo à sua mercê,e que me sinto reprimido, como que programado para não falhar, agora, que tomo este problema como real, fustiga-me o não conseguir Estar. Poderei catalogar este como um problema absurdo, até surreal mas coloco-me e assumo-me nesta dimensão. Na dimensão do impalpável, pois estou de mãos atadas.
Procuro abstrair-me da relação comum da minha civilização com os materiais, sinto-me mais importante do que eles e assim desbloqueio os meus sensores que lhes atribuem valor real e material. Posiciono agora a matéria numa posição inferior à minha, à do Homem, e não aceito o seu domínio. Agora sou muito mais valioso do que qualquer copo, porcelana, vidro ou metal e assim muito mais forte do que qualquer um deles. Posso então decidir o seu futuro e viver num patamar superior ao deles, pois eu domino-os. Agora posso agir segundo os meus sentidos e impulsos respirar ar de liberdade e repulsar o que me bloqueia. Bloqueiam-me todos os obstáculos qualificados como valiosos, caros, baratos, frágeis, delicados, finos, clássicos e modernos, classifico-os então com o mesmo grau de importância, chamar-lhes-ei matéria e apenas matéria.
Pois então decido agora que partirei um copo quando e se me apetecer, e aí sentirei que estou vivo pois sou livre. Não tomarei nunca um gesto de violência como insignificante, considerarei o vandalismo e a delinquência, não atribuirei valor às suas consequências mas à intenção em si impostas. Impeço o meu inconsciente de automáticamente catalogar negativamente estes comportamentos sem antes pensar nos resultantes e integrantes frutos de qualquer acção. Considero a hipótese de tomar como pacificos e positivos os verbos partir, quebrar, rebentar, destruir, estoirar, esmigalhar, desfazer e amassar, elogiarei se merecido todos os praticantes de violência para com os materiais, pois decididamente temos que distinguir-nos como reais.
Procuro abstrair-me da relação comum da minha civilização com os materiais, sinto-me mais importante do que eles e assim desbloqueio os meus sensores que lhes atribuem valor real e material. Posiciono agora a matéria numa posição inferior à minha, à do Homem, e não aceito o seu domínio. Agora sou muito mais valioso do que qualquer copo, porcelana, vidro ou metal e assim muito mais forte do que qualquer um deles. Posso então decidir o seu futuro e viver num patamar superior ao deles, pois eu domino-os. Agora posso agir segundo os meus sentidos e impulsos respirar ar de liberdade e repulsar o que me bloqueia. Bloqueiam-me todos os obstáculos qualificados como valiosos, caros, baratos, frágeis, delicados, finos, clássicos e modernos, classifico-os então com o mesmo grau de importância, chamar-lhes-ei matéria e apenas matéria.
Pois então decido agora que partirei um copo quando e se me apetecer, e aí sentirei que estou vivo pois sou livre. Não tomarei nunca um gesto de violência como insignificante, considerarei o vandalismo e a delinquência, não atribuirei valor às suas consequências mas à intenção em si impostas. Impeço o meu inconsciente de automáticamente catalogar negativamente estes comportamentos sem antes pensar nos resultantes e integrantes frutos de qualquer acção. Considero a hipótese de tomar como pacificos e positivos os verbos partir, quebrar, rebentar, destruir, estoirar, esmigalhar, desfazer e amassar, elogiarei se merecido todos os praticantes de violência para com os materiais, pois decididamente temos que distinguir-nos como reais.
3 Comments:
quero azucrinar aquele bibelot cor-de-rosa como se não houvesse amanhã!!
e não há
"O sábado foi feito para o homem e não o homem para o sábado."
O nosso amigo Jesus
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